Nossa Senhora


O CULTO DA SANTÍSSIMA VIRGEM MARIA NO CARMELO

nossasenhoradocarmo

*A Virgem Maria, Nossa Mãe Santíssima, honrada sob o título de Nossa Senhora do Monte Carmelo, é como que a cabeça e o coração da Nossa Sagrada Ordem, nossa Senhora e Imperatriz, como lhe chama a Nossa Madre Santa Teresa, que não se cansa de a apresentar a suas filhas como Mãe e Modelo: (Pois tendes tão boa mãe, não vos canseis de a imitar).

*A devoção a Nossa Senhora deve constituir uma força renovadora da nossa vida consagrada a Deus no Carmelo. Por isso, além de imitar as suas virtudes – como propõe a Nossa Santa Madre -, todas as Comunidades(das carmelitas descalças) lhe oferecerão os especiais obséquios com que a Nossa Ordem tradicionalmente a honrou, e lhe manifestarão também a sua piedade filial, com outras práticas ultimamente recomendadas pela Santa Igreja.

Destacamos particularmente as seguintes:

estrela vermelhaSolenidade da Nossa Mãe Santíssima do Carmo, dia 16 de julho;

estrela vermelhaMissa e Ofício Divino de Santa Maria no sábado;

estrela vermelhaAntífonas marianas, diariamente;

estrela vermelhaSalve Rainha, será cantada solenemente em todos os sábados e na véspera das solenidades e festas de Nossa Senhora;

estrela vermelhaO Terço diariamente;

estrela vermelhaO Angelus, três vezes por dia – antes de Laudes, às 12h e às 18h – se saudará a Santíssima Virgem com a recitação do (Angelus).

estrela vermelhaLadainha de Nossa Senhora, diariamente.


escapulario

É um sinal de decisão de viver a vida como servos de Cristo e de Maria.

A Virgem nos ensina :

- a viver abertos a Deus e a sua vontade, manifestada nos acontecimentos da vida;

- a escutar a voz (Palavra) de Deus na Bíblia e na vida, pondo em prática as exigências desta voz;

- a orar fielmente sentindo a presença de Deus em todos os acontecimentos;

- a viver próximo de nossos irmãos e ser solidários com eles em suas necessidades.

- O escapulário introduz na família do Carmelo

Escapulário do  Carmo não é :

- Um amuleto (um objeto para uma proteção mágica);
- Uma garantia automática de salvação;
- Uma desculpa para não viver as exigências da vida cristã, ao contrário;

O Escapulário do Carmo é :

- Um sinal “forte” aprovado pela Igreja há vários séculos e representa nosso compromisso de seguir a Jesus Cristo como Maria:
- abertos a Deus e a sua vontade;
- guiados pela fé, pela esperança e pelo amor;
- solidários aos necessitados;
- orando constantemente e descobrindo a presença de Deus em tudo;
- um sinal que introduz na família do Carmelo;
- um sinal que alimenta a esperança do encontro com Deus na vida eterna sob a proteção de Maria Santíssima.

Origem do Escapulário :

No século XI, um grupo de homens dispostos a seguir Jesus Cristo, reuniram-se no Monte Carmelo, em Israel. Ali construíram uma capela em honra de Nossa Senhora. Este local é considerado sagrado, desde tempos imemoriais ( Is 33,9;35,2; Mq 7,14), e se tornou célebre pelas ações do profeta Elias (1 Rs 18). A palavra “carmelo” quer dizer jardim ou pomar. Nasciam ali os carmelitas, ou a Ordem dos Irmãos da Bem-Aventurada Virgem Maria do Monte Carmelo.

Tempos depois, os carmelitas mudaram-se para a Europa e passavam por grandes dificuldades. No dia 16 de julho de 1251, quando rezava em seu convento de Cambridge, Inglaterra, S. Simão Stock, superior geral da Ordem, pediu a Nossa Senhora, um sinal de sua proteção, que fosse visível a seus inimigos.

Recebeu, então, de Nossa Senhora o escapulário, com a promessa: “Recebe, filho amado, este escapulário. Todo o que com ele morrer, não padecerá a perdição no fogo eterno. Ele é sinal de salvação, defesa nos perigos, aliança de paz e pacto sempiterno”.

Quem segue Jesus e é devoto de Maria Santíssima, caminha a passos seguros no caminho da salvação. O escapulário é sinal da proteção de Maria.

A festa de Nossa Senhora do Carmo é celebrada todo 16 de julho de cada ano, desde 1332, e foi estendida à Igreja Universal no ano de 1726, pelo papa Bento XIII. O papa João Paulo II, ao declarar que usa o escapulário desde sua juventude, escreve: “O Escapulário é signo de aliança entre Maria e os fiéis. Traduz concretamente a entrega, na cruz, de Maria ao discípulo João”(Jo 19, 25-27).

A devoção do Escapulário do Carmo fez descer sobre o mundo copiosa chuva de graças espirituais e temporais”. (Pio XII, 6/8/50)

Imaculada Conceição

IMACULADA VIRGEM MARIA

o dogma da Imaculada Conceição foi proclamadoem 1854 pelo papa Pio IX:

“ A BEATÍSSIMA VIRGEM MARIA, NO PRIMEIRO INSTANTE DA SUA CONCEIÇÃO, POR SINGULAR GRAÇA E PRIVILÉGIO DE DEUS ONIPOTENTE, EM VISTA DOS MÉRITOS DE JESUS CRISTO, SALVADOR DO GÊNERO HUMANO, FOI PRESERVADA IMUNE DE TODA MANCHA DO PECADO ORIGINAL.”

*ALEGRAI-VOS VIRGEM MARIA!

** ALEGRAI-VOS MIL VEZES!

*** CAUSA DA NOSSA ALEGRIA: ROGAI A DEUS POR NÓS!

ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA

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“Bendita sejais, ó Virgem Maria,

por vós veio ao mundo o Deus Salvador!

Agora gozais na glória com Deus!”

Com uma graça toda sua,

mais brilhante do que a aurora,

do que o sol e do que a lua,

sobe ao céu Nossa Senhora.

Do seu trono ofusca o brilho,

ao vir pelo céu afora,

exaltada pelo Filho,

que é grande antes da aurora.

Mais que os santos todos brilha,

mais que os anjos irradia:

se do Pai foi sempre Filha,

Mãe de Deus tornou-se um dia.

Ela em si O trouxera outrora,

como sol em treva imerso,

em Deus Pai contempla-O agora,

a reinar sobre o universo.

Mãe de Deus ao céu erguida,

seja esta a prece tua:

deste a Deus a nossa vida,

nos concede agora a sua.

Louvor seja ao Pai e ao Filho

e ao Espírito vitória,

pois te alçaram deste exílio

ao pináculo da glória.”

**Leitura da Constituição Apostólica Munificentíssimus Deus, do papa Pio XII

Teu corpo é santo e cheio de glória

Nas homilias e orações para o povo na festa da Assunção da Mãe de Deus, santos padres e

grandes doutores dela falaram como de uma festa já conhecida e aceita. Com a maior clareza a

expuseram; apresentaram seu sentido e conteúdo com profundas razões, colocando

especialmente em plena luz o que esta festa temem vista: não apenas que o corpo morto da

Santa Virgem Maria não sofrera corrupção, mas ainda o triunfo que ela alcançou sobre a morte

e a sua celeste glorificação, a exemplo de seu Unigênito, Jesus Cristo.

São João Damasceno, entre todos o mais notável pregoeiro desta verdade da tradição,

comparando a Assunção em corpo e alma da Mãe de Deus com seus outros dons e privilégios,

declarou com vigorosa eloqüência: “Convinha que aquela que guardara ilesa a virgindade no

parto, conservasse seu corpo, mesmo depois da morte, imune de toda corrupção. Convinha que

aquela que trouxera no seio o Criador como criancinha fosse morar nos tabernáculos divinos.

Convinha que a esposa, desposada pelo Pai, habitasse na câmara nupcial dos céus. Convinha que, tendo demorado o olhar em seu Filho na cruz e recebido no peito a espada da dor, ausente no parto, o contemplasse assentado junto do Pai.

Convinha que a Mãe de Deus possuísse tudo oque pertence ao Filho e fosse venerada por toda criatura como mãe e serva de Deus”.

São Germano de Constantinopla julgava que o fato de o corpo da Virgem Mãe de Deus estar incorrupto e ser levado ao céu não apenas concordava com sua maternidade divina, mas ainda conforme a peculiar santidade deste corpo virginal: “Tu, está escrito,surges com beleza (cf. Sl44,14); e teu corpo virginal é todo santo, todo casto, todo morada de Deus; de tal forma que ele está para sempre bem longe de desfazer-se em pó; imutado, sim, por ser humano, para a excelsa vida da incorruptibilidade. Está vivo e cheio de glória, incólume e participante da vida perfeita”.

Outro antiqüíssimo escritor assevera: “Portanto, como gloriosa mãe de Cristo, nosso Deus Salvador, doador da vida e da imortalidade, foi por ele vivificada para sempre em seu corpo na incorruptibilidade; ele a ergueu do sepulcro e tomou para si, como só ele sabe”.

Todos estes argumentos e reflexões dos santos padres apóiam-se como em seu maior

fundamento nas Sagradas Escrituras. Estas como que põem diante dos olhos a santa Mãe de Deus profundamente unida a seu divino Filho, participando constantemente de seu destino.

De modo especial é de lembrar que, desde o segundo século, os santos padres apresentam a Virgem Maria qual nova Eva para o novo Adão: intimamente unida a ele – embora com submissão – na mesma luta contra o inimigo infernal (como tinha sido previamente anunciado no proto-evangelho [cf. Gn 3,15]), luta que iria terminar com a completa vitória sobre o pecado e a morte, coisas que sempre estão juntas nos escritos do Apóstolo das gentes (cf. Rm 5 e 6; 1Cor 15,21-26.54-57). Por este motivo, assim como a gloriosa ressurreição de Cristo era parte esencial e o último sinal desta vitória, assim também devia ser incluída a luta da santa Virgem, a mesma que a de seu Filho, pela glorificação do corpo virginal. O mesmo Apóstolo dissera:

Quando o que é mortal se revestir de imortalidade, então se cumprirá o que foi escrito: Amorte foi tragada pela vitória (1Cor 15,54; cf. Os 13,14).

Por conseguinte, desde toda a eternidade unida misteriosamente a Jesus Cristo, pelo mesmo desígnio de predestinação, a augusta Mãe de Deus, imaculada na concepção, virgem inteiramente intacta na divina maternidade, generosa companheira do divino Redentor, que obteve pleno triunfo sobre o pecado e suas conseqüências, ela alcançou ser guardada imune da corrupção do sepulcro, como suprema coroa dos seus privilégios. Semelhantemente a seu Filho, uma vez vencida a morte, foi levada em corpo e alma à glória celeste, onde, rainha, refulge à direita do seu Filho, o imortal rei dos séculos.

Bendigamos ao Senhor!

Graças a Deus!

Em vosso parto, guardastes a virgindade; em vossa dormição, não deixastes o mundo, ó mãe de Deus: fostes juntar-vos à fonte da vida, vós que concebestes o Deus vivo e, por vossas orações, livrareis nossas almas da morte.(Liturgia bizantina)
Alegrai-vos, Virgem Maria!
Alegrai-vos, mil vezes!
***

óh Mãe das Dores: ensina-nos a consolar o vosso Imaculado Coração…

vivendo santamente conforme os mandamentos de Deus.

Nossa Senhora das DoresPB060019

15 de Setembro

Virgem Mãe tão santa e pura,
vendo eu a tua amargura,
possa contigo chorar.Que do Cristo eu traga a morte,
sua paixão me conforte,
sua cruz possa abraçar!
Em sangue as chagas me lavem
e no meu peito se gravem,
para não mais se apagar.
No julgamento consegue
que às chamas não seja entregue
quem soube em ti se abrigar.
Que a santa cruz me proteja,
que eu vença a dura peleja,
possa do mal triunfar!
Vindo, ó Jesus, minha hora,
por essas dores de agora,
no céu mereça um lugar.

Assim, a Igreja reza a Maria neste dia, pois celebramos sua compaixão, piedade; suas sete dores cujo ponto mais alto se deu no momento da crucifixão de Jesus. Esta devoção deve-se muito à missão dos Servitas – religiosos da Companhia de Maria Dolorosa – e sua entrada na Liturgia aconteceu pelo Papa Bento XIII.

A devoção a Nossa Senhora das Dores possui fundamentos bíblicos, pois é na Palavra de Deus que encontramos as sete dores de Maria: o velho Simeão, que profetiza a lança que transpassaria (de dor) o seu Coração Imaculado; a fuga para o Egito; a perda do Menino Jesus; a Paixão do Senhor; crucifixão, morte e sepultura de Jesus Cristo.

Nós, como Igreja, não recordamos as dores de Nossa Senhora somente pelo sofrimento em si, mas sim, porque também, pelas dores oferecidas, a Santíssima Virgem participou ativamente da Redenção de Cristo. Desta forma, Maria, imagem da Igreja, está nos apontando para uma Nova Vida, que não significa ausência de sofrimentos, mas sim, oblação de si para uma civilização do Amor.

Nossa Senhora das Dores, rogai por nós!